Pensamentos: fortaleza intransponível particular
Ninguém pode entrar no pensamento alheio e interromper abruptamente
Ninguém precisa envergonhar-se de seus pensamentos
Nem explicá-los para outrem
O imaginário de cada um é o melhor lugar do mundo
Lá pode-se ter um paraíso cor de rosa
Pode-se ser quem quiser
Ter o que e quem quiser e estar aonde quiser
Pode-se criar filmes
Reviver a mesma cena dezenas de vezes
Pode-se mudar o final de algumas histórias
E inserir-se em outras
Pode-se viver coisas diferentes
Imaginar o futuro
Cenas boas e cenas ruins, porquê não?
E coisas que não se escreveria sobre.
Pode-se fazer um mundo melhor
Ter ideias e sonhar em aplicá-las e nas mudanças que causariam
E também pensar na destruição completa da humanidade
Ou em simples assassinatos
Existe a paranoia constante quando pensa-se perto de outros seres
"E se alguém puder escutar?"
Mesmo os outros sendo surdos para os pensamentos,
é mais seguro pensar em um lugar privado
Até a própria morte vem sem ser convidada (ou sim)
E as vidas que ainda não foram geradas
E os bem-vindos gatos imaginários
Juntos naquela vida mais ou menos planejada
O desconforto torna-se confortável
Os medos tornam-se irrisórios
O silêncio torna-se música
Os sonhos tornam-se reais.
Uma mistura de literatura e pensamentos de uma mente ordenadamente desordenada.
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015
Meros Marcadores
Meros coadjuvantes em meio ao artista principal
Percorrendo suas páginas do início ao fim
Às vezes esquecidos por muito tempo em um mesmo lugar
Às vezes não permanecendo quase nada
Servindo como apoio para outro mostrar sua arte
Querendo serem lidos também
Quantas vezes lê-se seus conteúdos?
Vida ingrata, a dos marcadores
Peças sem valor com valor inestimável
Sem eles nos perdemos terrivelmente.
Pessoas podem achar que eles são substituíveis
Por pedaços de papel
Afinal, marcadores não são meros pedaços de papel?
O que foram os livros um dia, senão uma mera ideia em um pedaço de papel?
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
Resenhando "O Mágico de Oz"
BAUM, L. Frank. O Mágico de Oz. São Paulo, SP: Universo dos Livros, 2013. 160 p. ISBN 9788579303753
[Resenha participando do "Desafio Literário Skoob 2015". Fevereiro: Fantasia]
Publicado originalmente em 1900, O Mágico de Oz foi escrito com o objetivo de ser um conto de fadas moderno, diferenciado dos contos clássicos com fadas e gnomos.
A história começa quando Dorothy, uma pequena menina, é transportada junto com seu cachorro Totó em meio a um tornado à Terra de Oz, um mundo mágico onde nenhum habitante jamais ouviu falar do Kansas, estado de origem da garotinha. Para retornar ao mundo a que pertence, Dorothy precisa ir até a Cidade das Esmeraldas encontrar o poderoso mágico de Oz, sua unica esperança de voltar para casa. Durante a jornada pela estrada de tijolos amarelos, ela faz amigos extremamente importantes para o desenvolvimento do livro. São eles: O Espantalho, o Homem de Lata e o Leão Covarde, que se tornam seus fiéis companheiros.
Além de ser um clássico da literatura (e do cinema) voltado ao público infantil, o livro traz importantes lições de vida. Alguns personagens buscam desesperadamente por coisas que eles já possuem dentro deles, mas só sentem que as têm quando acreditam que alguém as concede. O Espantalho, que quer um cérebro, já é muito inteligente e sempre tem as melhores ideias quando o grupo encontra-se em apuros, embora pense ser inferior aos outros homens. O Homem de Lata (personagem detentor da melhor história de vida anterior aos fatos ocorridos no livro) deseja ter um coração, pois pensa ser insensível, ele que é tão cheio de sentimentos e discernimento do que é certo e do que é errado. Já o Leão pensa ser covarde e sonha em ganhar coragem e assim se tornar o rei dos animais, mas salva seus amigos em muitos momentos da jornada com sua coragem já existente. Estes três personagens projetados para serem o apoio de Dorothy roubam a cena com seu carisma e inocência, se tornando mais queridos por muitos do que a própria protagonista, que apesar disso permanece forte, mostrando-se muito determinada ao longo da jornada. Sem Dorothy, seus amigos não teriam iniciado a maravilhosa (e por vezes temerosa) aventura que os tornou tão próximos.
L. Frank Baum demonstrou muita criatividade ao escrever "O Mágico de Oz" em sua época, que apesar de ser um livro pequeno com a escrita voltada às crianças, cativa leitores de todas as idades e de todas as épocas.
[Resenha participando do "Desafio Literário Skoob 2015". Fevereiro: Fantasia]
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