domingo, 10 de janeiro de 2016

Resenhando "Mestre Gil de Ham"

TOLKIEN, J.R.R. Mestre Gil de Ham; Ilustrado por Alan Lee. São Paulo, SP: Editora WMF Martins Fontes, 2012. 102 p. ISBN 9788578275778

Publicado pela primeira vez em 1949, "Mestre Gil de Ham" foi inicialmente uma história escrita por Tolkien para entreter seus filhos, bem como "O Hobbit" e "Roverandom". Diferente da história dO Hobbit que teve sua versão final mais detalhada, "Mestre Gil de Ham" teve poucas modificações do seu manuscrito original (publicado também nesta edição brasileira após a versão final). Trata-se de uma história genuinamente infantil, com pitadas de humor e muita aventura.
O livro
O enredo inicia-se apresentando Aegidius Ahenobarbus Julius Agricola de Hammo, um fazendeiro residente na aldeia de Ham, Grã-bretanha, cujo nome vulgar e mais chamado por todos é Mestre Gil de Ham. A história desenvolve-se em um passado muito antigo, onde Mestre Gil vive pacatamente com sua mulher, seu cachorro Garm e sua égua cinzenta, até um dia em que um gigante aparece em suas terras, matando sua vaca preferida, alguns carneiros, e destruindo tudo ao redor. Na verdade, o gigante estava apenas perdido tentando encontrar o caminho de casa, mas Mestre Gil, preocupado com sua propriedade toma-se de coragem e consegue afugentar o enorme gigante, dando início à sua reputação que chega aos ouvidos do rei, que manda uma espada (Caudimordax) de presente ao Mestre Gil. Caudimordax, ou Morde-Cauda (na língua vulgar) é uma espada que pertenceu a um famoso matador de dragões em um passado onde haviam muitos dragões no reino, e que torna-se útil novamente quando Chrysophylax, um rico e terrível dragão aparece próximo ao reino, causando morte e destruição. Mestre Gil é enviado com Caudimordax, uma armadura precária, sua égua cinzenta e seu cachorro junto aos cavaleiros do rei a fim de derrotar Chrysophylax.
Um dos maiores destaques, é o cachorro Garm, pois além de ser o personagem chave para os acontecimentos do livro, ele fala (sim, fala) e os momentos em que ele fala são bastante engraçados. O dragão Chrysophylax, apesar de ser o "vilão" da história, também detém falas engraçadas, tornando a narrativa leve e descontraída, indicada para crianças e adultos de todas as idades.
Sabe quando lemos um livro e pensamos: "Vou guardar este livro para meus filhos"? Pois bem, este deve ser um dos primeiros livros que uma criança a quem os pais pretendem criar na "doutrina Tolkieniana" deve ler. A leitura, com sua linguagem simplificada é ótima para introduzir o leitor no universo de Tolkien, além de fluir de forma agradável.

[Livro resenhado para o Desafio Literário Skoob 2016. Janeiro: Fantasia]

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Sonhos e Fantasias

Quando fiz 11 anos, minha carta de Hogwarts não chegou
Nunca encontrei uma passagem para Nárnia através de meu guarda roupa
Minha casa nunca foi levada para Oz em meio a um ciclone
Nunca encontrei um ovo de dragão (pois nunca fui à Alagaësia)
Nem uma toca de Hobbit
Muito menos Avalon
Já me conformei que Lestat nunca me concederá a vida eterna
E não mais espero poder voar sobre Fantasia em um Dragão da Sorte
Nem presenciar batalhas épicas em Westeros ou Essos
E não creio mais que um dia irei viajar ao centro da Terra
Ah como eu ansiava por conhecer a Terra Média
E Valinor
Mas ainda guardo esperanças de que quando eu partir deste plano
Mandos me receba em seus palácios
O destino de minha alma só ele, Manwe e Ilúvatar conhecem
Pois apesar de ter desejado por toda a vida ser uma elfa
Sou apenas uma humana...